“INTELIGÊNCIA EMOCIONAL PARA EDUCADORES” FOI TEMA DE LIVE COM A ESPECIALISTA ALESSANDRA GONZAGA
15/05/2020
“Inteligência Emocional para Educadores” foi o tema da live promovida pela Escola de Professores Inquietos com a especialista em Inteligência Emocional, Alessandra Gonzaga, na noite de quarta-feira, 13 de maio. Mediada pela psicóloga educacional do Colégio Farroupilha, Lisiane Saraiva, o encontro aconteceu no perfil do instagram da Escola de Professores Inquietos (@professores_inquietos). Clique aqui e veja parte do vídeo.
Alessandra começou a conversa definindo o conceito de Inteligência Emocional como um conjunto de habilidades mentais para lidar com emoções. E explicou que essas habilidades estão agrupadas em dois grupos: a consciência emocional (perceber as emoções próprias e do outro) e a regulação emocional (saber regular o que está sentindo e, de alguma maneira, perceber e intervir no que o outro está sentindo).
De acordo com a especialista, a Inteligência Emocional é um importante aliado para esse momento de pandemia, pois, todo o ambiente que tínhamos planejado, já não existe mais. Ela destacou, ainda, quatro sentimentos comuns nesse período e os antídotos para eles:
1 – Frustração – emoção decorrente de expectativas não realizadas e de um bloqueio aos objetivos. O antídoto indicado é comemorar pequenas conquistas do dia a dia.
2 – Ansiedade – emoção que decorre da frustração, é quando a pessoa começa a antecipar fatos ou a imaginar coisas que, muitas vezes, não vão acontecer. Entre os antídotos, fazer listas de coisas possíveis de realizar e fazê-las. Alessandra explicou que ansiedade se alimenta do que a pessoa não pode controlar e que, por isso, é importante criar um campo de possibilidades de coisas possíveis de controlar e atuar nisso.
3 – Culpa – emoção que vem, muitas vezes, de querer assumir demandas que não são da pessoa, mas da família, de amigos. O antídoto seria selecionar o que consegue dar conta e não pegar as demandas de outras pessoas para si quando não é possível atende-las.
4 – Tensão – Alessandra explicou que, muitas vezes, a tensão tem a ver com o próprio ambiente em que se está e que, por isso, um antídoto é cuidar desse ambiente e de si. Organizar o local de trabalho, ter momentos de autocuidado, como fazendo um relaxamento, são exemplos de como lidar com a tensão.
A exaustão emocional, percebida por muitas pessoas nesse momento, também foi abordada durante a conversa. A especialista explicou que ela acontece devido a três motivos: excesso de janelas e de exposição on-line (45 minutos de aula online exigem muito mais do que o mesmo tempo de aula presencial); alternância/sobreposição de funções (conciliar as atividades de casa e do trabalho ao mesmo tempo e no mesmo espaço); e o fato de sentirmos uma ameaça contínua e sem solução (não sabemos, ainda, o fim do período de ameaça).
Alessandra também abordou alguns tópicos importantes para serem usados na sala de aula virtual emocionalmente inteligente:
- Quebrar o gelo: trazer um pouco de si e perguntar dos alunos antes de começar o conteúdo em si;
- Buscar apoio emocional em estudantes que já eram mais participativos na sala de aula física, reforçando o comportamento positivo desses estudantes, também, no ambiente virtual;
- Falar sobre emoções e dar nome a elas.
Por fim, a especialista fez quatro pedidos aos educadores:
- Tenha momentos de calma, sozinhos – cada um do seu jeito deve buscar fazer algo para si, para se cuidar;
- Encontre alunos de suporte – criem uma base emocional na aula
- Encontre formas de garantir suporte emocional – participem de lives, grupos de whats para conversar sobre o momento;
- Seja suporte emocional de alguém.
A live contou com mais de 200 espectadores, que participaram fazendo comentários e perguntas. “Muito bom. Nos ajuda muito neste momento como professores”, comentou uma participante. “Não estou dando aula no momento mas aproveitei para a vida”, falou outra.